segunda-feira, 21 de março de 2011

Qual o tamanho da sua dívida com Deus?

Muitos conhecem e experimentam do amor de Deus, suas graças, favores e tudo aquilo que Ele É e nos concede dando tudo isso pelo seu livre beneplácito. Em nós muitas vezes nasce um sentimento de retribuição, de resposta, muitas vezes associado a uma dívida com Deus... você já tentou pensar o tamanho da sua dívida com Deus?
A afirmação de muitos seria “é infinita”, “é impagável”, ou seja, seria um “valor” irretribuível; eu não te conheço mas eu sei o tamanho da sua (e minha) dívida com Deus: nenhuma; zero, não existe dívida a ser paga; mas como assim?
Com certeza esta verdade é chocante porque é fruto de um amor que dá tudo e não espera nada, tudo já foi pago na cruz. A dimensão que o Evangelho quer nos inserir é de um Deus que quer se relacionar livremente, que não impõe retribuição e respostas fruto de uma barganha ou uma transação comercial... o nome da manifestação de Deus já diz tudo: Graça! E Graça é de graça, free!
Mas você pode estar pensando que essa é uma maneira descompromissada de se relacionar com Deus, levar as coisas de qualquer jeito... mas aí esta o Evangelho: eu devo buscar a Deus livremente, um relacionamento desprovido de interesses barganheiros (prosperidade, alívio das dores, resolução de problemas, etc) buscar a Deus por aquilo que Ele É e tudo mais é acréscimo, bônus, plus.
De onde nasce esta ideia que Deus nós dá e espera algo em troca? Me desculpe mas essa ideia é formada nos mais diversos nichos religiosos existentes porque existe um medo em relação as pessoas serem livres para escolher a Deus, para escolher o bem e o mal, é uma mentalidade que “amarra” as pessoas no pé do altar. Estas atitudes religiosas são extremamente dotadas de inseguranças humanas que são projetadas em uma atitude divina que no caso não é; isso gera fardos nas pessoas porque se elas não estiverem fazem algo para “Deus” Ele não estará satisfeito ou estará infeliz com aquela pessoa... este “Deus” é uma criação humana mais parecido com uma patricinha de Bevery Hills cósmica, ou seja, uma pessoa cheia de frescuras e pudores... na minha terra seria um “Deus” cheio de “não me toque”.
Como devemos nos relacionar com Deus? Esperando Nele e não esperando pelas coisas Dele, o que é um abismo de diferença; você sente este desejo de gratuitamente retribuir a Deus tudo aquilo que É e representa na sua vida? Simples, o caminho é o Evangelho; o Evangelho vivido no seu dia a dia, no seu trabalho, na sua escola, na sua casa. Aquilo que sai da dimensão da gratuidade e do seu livre arbítrio é fruto de uma insegurança humana que acha que será abençoado a medida que faz as coisas para Deus; por isso que você que se dá tanto a “Deus” se pergunta: “fiz todas essas coisas para Deus e isso me aconteceu?” Este sintoma indica que o Evangelho ainda não é pleno em seu coração.
Gente, fica aí a reflexão, jogue estes fardos fora e fique livre para viver a sobriedade do Evangelho. Se alguém disser que você tem contas a acertar com Deus manda ele catar coquinho em nome de Jesus. Amém.


Um comentário:

  1. Legal seu blog, Wellington. Precisamos de mais blogs e sites que trabalhem o mundo espiritual.

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